Ohayou, povo! Vamos à parte dois do nosso Diário de Viagem pelo Japão. Hoje vou falar de algumas informações de utilidade pública para quem pensa em planejar uma viagem para terras nipônicas - e, gente, é totalmente possível sem uma agência de viagem e você ainda economiza uma grana.
Dúvidas, os comentários são para isso. Mi casa és su casa ;)
Cerejeiras ao lado do Sumida River, Tokyo |
Épocas do ano: Uma das coisas mais legais do Japão
é que as estações do ano são muito definidas por lá (aproveita enquanto o aquecimento global não bagunçou tudo). Dá para visitar em
qualquer época e as paisagens vão estar transformadas e bonitas de acordo com a
estação – as épocas mais populares são a primavera, por causa da floração das
cerejeiras e o outono, em que o país se cobre de folhas avermelhadas. O
inverno é mais frio e no verão você arrisca pegar mais chuva, mas não é nenhum
impeditivo.
Eu
fui na época da floração das cerejeiras (final de março, início de abril) e foi
incrível! Realmente aqueles pontinhos rosa claro colorindo tudo faz uma
diferença absurda – o coeficiente de beleza das coisas é elevado ao quadrado. Você precisa acompanhar a previsão de floração das cerejeiras no site Japan Guide, lembrando que há variações de alguns dias entre cidades do norte e sul.
O visto: O Japão tem consulado em algumas
cidades do Brasil, é o caso de Curitiba. O processo é burocrático, mas simples
e rápido. Digo burocrático porque você precisa apresentar muitos documentos,
como suas últimas 3 declarações de imposto de renda e holerite, além de um
roteiro completo com todas as cidades em que você irá passar, cópia das
reservas de hospedagem e da passagem de ida e volta. Simples porque ao entregar
a documentação, se seu visto for aprovado ele sai em um ou dois dias. E os
funcionários do consulado são uns fofos s2.
O
visto japonês vale por 30 dias uma vez no Japão (e você precisa entrar e sair
do Japão em até 90 dias após tirar seu visto).
Mangá heaven em Akihabara, Tokyo |
A passagem área: Se você tá se sentindo ryco ou é
muito phyno, vai de Etihad ou Emirates e aproveita para fazer um pit stop em
Doha ou Dubai. Se, como eu, você estava contando as moedinhas e teria ido de
van se houvesse essa possibilidade e fosse mais barato, privilegie as
companhias americanas como Delta e American Airlines (lembrando que mesmo que
você não saia do aeroporto, é preciso ter o visto americano para voar via EUA),
mesmo que você tenha menos lugar para esticar as pernas. Vale acompanhar
promoções na internet, claro – Para referência, uma passagem de ida e volta até
R$3.500,00 é um ótimo preço.
Transporte: Dentro do Japão o transporte depende
de cada cidade. Algumas usam o metro, como Tóquio e Osaka, ou trens. Em Kyoto
você vai pegar bastante ônibus...E em Hiroshima, por exemplo, se usa bastante
uma espécie de bondinho. Em qualquer lugar, porém, o transporte público é
seguro, simples e cobre bem a cidade. Táxis são uma fortuna, fuja deles.
Entre
cidades, a melhor forma de viajar é por trens. Os de levitação magnética fazem
mais de 500km/hora e são muito mais confortáveis que um avião. Se você for
ficar vários dias e passar por várias cidades as vezes vale comprar um JapanRail Pass, passe que te permite pegar quantos trens quiser no período (cobre
alguns trens dentro das cidades também). Para mim o JR Pass valeu a pena, mas é
uma questão de colocar na ponta do lápis: veja para quais cidades quer ir,
calcule a passagem individualmente e compare com o preço do JR Pass. Mas faça
isso antes de embarcar! O JR Pass só é vendido via internet e entregue fora do
Japão.
Realizando o sonho de dormir como uma personagem de mangá hahaha |
Acomodações: As suas 03 principais opções no
Japão são: hotéis, hostels e as ryokans (hospedarias tradicionais japonesas).
Ou você pode dar uma de louca como eu e passar a noite em um templo budista,
mas isso é assunto para outro post.
Os hoteis,
claro, vão ser mais confortáveis, mas são mais caros. Se certifique de pegar um
quarto para não-fumantes porque os japoneses fumam muito e você vai ficar
incomodado com o cheiro. Não vale a pena pegar café da manhã, nunca está
incluso no preço da diária e é muito mais barato comer na rua – inclusive o
Japão tem zilhões de cafeterias, então é fácil tomar um café da manhã ocidental
por lá.
Os hostels
são as melhores opções para viajantes com um orçamento mais apertado ou para
quem quer conhecer gente – inclusive muitos deles organizam eventos e festas do
próprio hostel, uma maneira bacana de interagir. O Japão tem um problema bem
sério de espaço, então os quartos dos hostels lá costumam ser minúsculos e os
banheiros também – mas nada que atrapalhe a viagem, afinal você só está lá para
tomar banho e dormir.
As ryokans
são hospedarias tradicionais japonesas, o que significa que você vai dormir em
um futon e fazer suas refeições numa mesinha baixa sob um tatame. Recomendo
que ao menos parte das suas noites você passe numa ryokan porque é aquela
“experiência japonesa” que você espera da viagem. As ryokans são mais caras que
os hostels e podem chegar ao preço dos hotéis mais caros se você estiver de
falando de uma ryokan de luxo ou com termas (sabe aquela cena de todo anime, em
que os personagens relaxam em termas quentes? É A SUA CHANCE!!).
Como
fiquei quase 20 dias no Japão, dei uma intercalada entre hostels (baratos!),
hotéis (confortáveis, principalmente no final da viagem em que queria deixar
minhas comprinhas esparramadas pelo quarto hehe) e ryokans (para ter a
experiência japonesa). Acho uma estratégia que te permite
economizar sem abrir mão de muita coisa...Dá para ficar tranquilamente só em
hostels e sem hotel, mas recomendo que pelo menos uma ryokan você dê um jeito de encaixar.
Vou
falar melhor sobre os lugares em que fiquei e as melhores localidades para se
hospedar em cada cidade nos próximos posts ;)
A batata frita mais OGM do mundo, em Kyoto |
Dinheiro vs. Cartão: Os dois, mas privilegie levar mais
dinheiro ou tente sacar uma parte lá. Isso porque por algum motivo os chips
brasileiros não passam em algumas máquinas de cartão japoneses...Por outro
lado, na Seven Eleven (loja de conveniência que tem em cada esquina) há ATMs
internacionais em que você pode sacar dinheiro – eu acabei recorrendo a elas
várias vezes e deu tudo certo. E a máquina te cumprimenta em português com
áudio (gente, nem no Brasil o ATM me cumprimenta em português e com áudio)!
Fushimi Inari, nas proximidades de Kyoto - meu templo favorito |
Como montar seu
roteiro? Para você
começar a montar seu roteiro, sugiro utilizar o DK Eyewitness (no Brasil é o
Guia Publifolha) e fazer várias visitas ao Japan Guide. O site do ConsuladoJaponês também é parada obrigatória e para curiosidades e outras
aleatoriedades, o Tofugu é seu melhor amigo.
Roteiro
é algo muito pessoal, tem gente que gosta de fazer 5 cidades em 5 dias e outros
que gostam de ficar o mesmo tempo em uma cidade só. Eu sou algo no meio termo.
Em quase 20 dias conheci Tóquio, Kyoto, Nara, Osaka, Mt Koya, Hiroshima e
Miyagima – alguns foram bate e volta. As coisas no Japão não são tão perto
quanto parecem, mesmo de trem, e há muito o que fazer em cada lugar...Então
pesquise bem o tempo mínimo para cada lugar antes de agendar 10 cidades para 10
dias.
No
próximo post, vamos começar o “diário de bordo” propriamente dito, com o primeiro
lugar que visitei no Japão: Tóquio s2
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