domingo, 3 de dezembro de 2017

O JOGO DO AMOR/ÓDIO



"Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo."


Vamos começar de trás para frente. Eu adorei. Depois de alguns chick lits desapontadores, Sally Thorne e sua estréia, O Jogo do Amor/Ódio, me lembraram porque eu ainda amo esse gênero: é leve, é engraçado, é fofo e não tem medo de ser ridículo (ridículo pode ser bom, crianças). Obrigada, Sally, sua linda.

A sinopse é bem auto descritiva: Lucy e Josh trabalham juntos em uma editora e se odeiam, o que eles não têm vergonha de demonstrar com uma série de comportamentos inapropriados capaz de envergonhar qualquer RH. Lucy é excêntrica, gentil e tem consideração demais pelos sentimentos alheios (leia-se: todo mundo passa por cima dela). Josh é metódico, arrogante e tem consideração de menos pelos sentimentos alheios (leia-se: é um babaca odiado por 95% do escritório). Eles são igualmente eficientes, mas opostos, forçados a trabalhar um na frente de outro para os dois CEOs de uma editora. O anúncio de uma promoção acirra a guerra entre os dois, mas alguns acontecimentos inesperados podem revelar que as aparências enganam e fazê-los questionar se, de fato, eles se odeiam tanto assim.

A dinâmica entre eles pode ser resumida pela seguinte sequência de gifs do nosso maravilhoso Michael Scott:




Pausa para eu dizer que não tem nada que eu goste mais do que diálogos rápidos e sarcásticos entre dois nêmeses que a gente torce para ver juntos. Culpo Orgulho e Preconceito por essa preferência cultivada ao longo dos meus anos de leitura e posso dizer que, nesta frente, O Jogo do Amor/Ódio não decepciona.

É uma leitura leve e rápida, apesar das 400 páginas, além de muito divertida. Eu ri alto e dei sorrisos involuntários por diversas vezes. Perfeito para você levar para praia nas férias e se distrair.

Ainda assim, há alguns pontos que para mim separam essa leitura de algo muito bom e altamente recomendado para fãs do gênero (o que ela é) de algo quase impecável (o que faltou um pouco para ser): pouco desenvolvimento das personagens secundárias, lapso temporal curto para tudo o que acontece (as coisas me pareceram intensas demais para ter ocorrido em duas ou três semanas) e uma mudança de comportamento muito radical de uma das personagens – acho que não tinha problema admitir que simplesmente estamos falando de alguém que não é tão legal assim (afinal, essas pessoas também se apaixonam) ao invés de dar camadas de fofura cobertas em açúcar para a personagem. Para um romance de estréia, porém, Sally Thorne demonstra muito potencial e o próximo livro dela, com publicação prevista para 2018, já está na minha lista de desejos.


Está se perguntando ONDE VOCÊ SE INSCREVE? Calma. A Universo dos Livros lança o romance no Brasil amanhã. Você não vai ter que esperar nem 24h para ter sua dose literária de amor e ódio. #obrigadadenada


Narrativa: 4/5
Desenvolvimento das personagens: 4/5
Avaliação Geral: 4/5


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